quinta-feira, 15 de outubro de 2009

FIGURANTE.

Eu não conheço o futuro, nunca falei com a coincidência e ainda não me apresentaram pra minha consciência. Mas acredito em todas essas possibilidades, mesmo sem poder vê-las ou tocá-las. Chega a ser contraditório, ao mesmo tempo em que é sincero. Eu gosto das estrelas da Lua e seu brilho. E apesar de também não poder pegar um brilhante daqueles do céu e espiar o que possivelmente está escrito pra minha vida, assim mesmo acredito na existência das linhas. A certeza vem na confiança incondicional que deposito todos os dias. Um engano que sugere algo bom, um encontro, que garante uma tarde de conversas e risadas, um ônibus lotado que junta dois pedaços de amizade sem querer, quebrados com o tempo ou com a distância, um lapso, uma chance. Dia desses me perdi de mim, me desencontrei, senti medo e vontade de gritar.Andar sem rumo tem sido o meu passatempo preferido.Me encontrei depois de ter conversado com uma senhora antes de voltar pra casa e principalmente pro meu quarto.É ela podia muito bem ser apenas uma figurante pros meus olhos e pra minha historia mais não ela fez toda diferença e ficou com o papel principal do dia. Ela apenas me fez uma pergunta e seguida de resposta se tornou uma conversa.
–Oi você se mudou? – Não, por que? – Não te vi mais passar por aqui você passava aqui todas as manhãs! – A é que mudei de trabalho e vou de carro. – Entendi, senti sua falta viu? achei que tinha acontecido alguma coisa com você! – Não. Não, só mudanças de rotina mesmo. – A então ta bom filha que bom. Deus te abençoe. –Amém. A Senhora também.
Andando comecei a sorrir, impressionada, surpreendida. Talvez eu tivesse acabo de trombar com o afeto e adorado conhecer ele. Eu sempre via aquela senhora mais eu sempre estava atrasada ou dormindo em pé um tanto quanto ocupada pra reparar nela. Mais ta ai minha figurante era uma estranha bem conhecida. Que soube rápido e de quebra colocar um sorriso sincero nos meus lábios e no meu olhar e principalmente me deu o mapa para voltar pra mim mesma. Será que existe alguma diferença entre as possibilidades que a gente tem pra viver? Ou tudo isso não passa de rótulos, que maquiam o verdadeiro significado das circunstâncias? Na duvida, o melhor é acreditar que fazer falta para um estranho é a mais nova e boa forma de encontrar a felicidade, simples, mais instantânea. E quanto a conhecer o futuro, coincidência e consciência estou sem pressa, um dia agente se esbarra. Por enquanto eu fico com o que meus olhos podem ver. e o que não podem? que assim seja!


Abraçoo Ciiin

2 comentários:

Anônimo disse...

Poxa que delicia encontrar esse afeto, um sentimento bom de encher o coração.
Eu te amo Ci

Juliane Oki Carraro disse...

São essas pequenas simplicidades que fazem toda a diferença.
Bjs
Amo vc

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